segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Resenha

 Exercício 1

Leia o texto abaixo e destaque os elementos constitutivos do gênero resenha.

Extraordinário

Por um mundo mais gentil

O período escolar nunca é fácil, seja pelas dificuldades inerentes de aprendizado aliado à pressão em não ser reprovado ou mesmo pelo convívio com completos desconhecidos, sem os mimos típicos da vida em família. Independente dos problemas enfrentados, trata-se de um imenso aprendizado sobre como se comportar em sociedade, para o bem e para o mal. Extraordinário, adaptação do livro homônimo escrito por R.J. Palacio, aborda exatamente esta questão, potencializada pelo protagonismo de um garoto de 10 anos que, devido a deficiências de nascença, passou por 27 cirurgias plásticas - o que, inevitavelmente, gera reflexos na forma como é encarado por todos à sua volta.

Em uma realidade tão complexa, rodeada por todo tipo de preconceito, chama a atenção como o livro - e, consequentemente, o filme - busca alguns confortos a seu personagem principal: o núcleo familiar absolutamente acolhedor, sem grandes atritos entre seus integrantes, e um certo tom lúdico com base em um adorado ícone universal: Star Wars. Como não abrir um sorriso ao ver aquela criança de olhar tão tristonho a cada novo encontro com Chewbacca? Com habilidade, Palacio - e os roteiristas do filme, Steve Conrad, Jack Thorne e o próprio diretor Stephen Chbosky - encontraram um meio-termo entre a dor e a felicidade que, personificado em uma criança, comove. Mas não é só.

Por mais que seja um filme claramente emotivo - mas sem cobrar o choro do espectador, é bom deixar claro -, Extraordinário se apropria de certos maniqueísmos típicos nesta busca pelo coração do espectador. Se o elo emocional com cachorros apela para o lado afetivo de cada um e a própria conjuntura em torno do garoto é milimetricamente calculada de forma a não gerar ruídos ao tema principal, é difícil resistir ao carisma e à ternura de Jacob Tremblay como o jovem Auggie. Trata-se de uma escolha precisa que, aliado ao competente trabalho de maquiagem, apresenta um personagem absolutamente encantador, seja nas angústias ou mesmo nos momentos de autoironia. Difícil não se render a ele, ou mesmo a outros dois jovens que o rodeiam: Izabela Vidovic, intérprete da irmã Via, e Noah Jupe, como o amigo Jack Will.

Neste aspecto, Extraordinário ganha relevância também ao ressaltar a individualidade dos jovens a partir de suas angústias pessoais, por mais que a divisão do filme a partir dos personagens soe um tanto quanto esquemática. Ainda assim, tal diversidade amplia o leque emocional retratado em cena, trazendo ao filme camadas necessárias para evitar um foco excessivo (e desgastante) em Auggie. Por outro lado, é importante também ressaltar que nenhuma das subtramas possui um grande aprofundamento, tendo como objetivo maior trazer mais informações acerca da personalidade do retratado.

Há ainda Julia Roberts e Owen Wilson, os pais de Auggie. Se ele praticamente reprisa o personagem de Marley & Eu, a partir do já conhecido - e mais uma vez funcional - perfil boa praça, ela é competente ao compor a mãe amorosa e rigorosa, que tenta conciliar aspirações profissionais com a vida em família. Entretanto, o real motivo pela escolha de Julia está em seu marcante sorriso, luminoso sempre que surge em cena.

Repleto de boas intenções, Extraordinário equilibra bem as mensagens edificantes intrínsecas com o carisma de um bom elenco e uma direção cuidadosa, que dosa com competência e sensibilidade os inevitáveis momentos emocionais de sua trajetória. Bom filme, com boas chances de arrancar uma lágrima do espectador.

Francisco Russo


Exercício 2

Leia as resenhas abaixo para responder às questões.

Texto 1: Saga crepúsculo: tudo para ser um sucesso

        A história de Crepúsculo é sobre Bella Swan, uma adolescente que nunca se deu bem com as outras garotas e, depois que a mãe se casa novam ente, se muda da ensolarada Phoenix para a chuvosa cidade de Forks para viver com o pai. Lá, ela começa a viver um romance com o misterioso Edward Cullen, que faz parte de uma família de vampiros. Assim como os outros de sua espécie, Edward é extremamente forte e rápido, e também não envelhece. Porém, sua família se diferencia dos outros vampiros por não beberem sangue humano. Apesar do que sentem um pelo outro, Bella e Edward tentam se afastar, para que ele não ceda ao desejo de beber o sangue dela. Mas as coisas começam a piorar para os dois quando um grupo de vampiros inimigos da família de Edward chegam à cidade procurando por Bella. Crepúsculo é o mais recente fenômeno entre a garotada. Tendo custado US$ 37 milhões, rendeu mais de US$ 145 milhões ao redor do planeta em duas semanas nos cinemas. O filme reúne elementos que atraem em cheio os espectadores mais jovens: romance e fantasia, além de toques de suspense. Um romance adolescente – já complicado por definição - que ganha toques de dramaticidade por conta dele ser um vampiro.    Edward é mais ou menos tudo que uma garota sonha (num mundo fantasioso, evidentemente): lindo, protege Bella e ainda tem superpoderes. Deve ser por isso que ele é capaz de arrancar suspiros não somente da protagonista, mas da platéia feminina também. O conflito é transformado em tensão, sofrimento, dor e tudo isso que o amor provoca, mesmo nos seres humanos normais que não brilham como diamantes sob o sol como os vampiros.. As cenas nas quais Edward mostra toda a sua força e velocidade típicas de sua espécie são impressionantes, principalmente quando ele praticamente flutua pelas paisagens geladas das florestas que circundam a cidade de Forks A fotografia gelada, numa ambientação sempre chuvosa, dá o ar sombrio que a história precisa. Mas algo incomoda em Crepúsculo: a trilha sonora.
       Essa já cansativa mania dos produtores de Hollywood de utilizarem a música exageradamente para sublinhar sentimentos e momentos de tensão. O final do longa é aberto, evidentemente, já pedindo uma continuação e atiçando o espectador que volte aos cinemas em 2010. Enfim, Crepúsculo é o tipo de filme a ser recomendado aos espectadores adolescentes que embarcam em sua viagem.
 
 
Texto 2: Mercenários 2: A vovozada continua
 
    A fórmula do primeiro filme era simples: pegar vários astros de ação, muitos estão perto da aposentaria, e colocá-los todos juntos na tela. Por isso, o que parece mais óbvio é fazer uma continuação aumentando a quantidade de nomes que vemos em diversos filmes de ação. Liderados por Stallone, que ganha destaque no cartaz, temos um sangue novo interpretado por Liam Hemsworth e muito sangue velho aumentando o bando, com Schwarzenegger e Bruce Willis com mais coisas para fazer do que no primeiro. 
      O mais curioso, é que a fórmula realmente funciona. Funcionou no primeiro e continua funcionando aqui. Claro que não estou falando que se trata de uma obra-prima do cinema, mas sim que o filme acaba sendo divertido e servindo seus propósitos. Aqui, eles se superam em quase todos os aspectos, e seguem a mesma linha que traçaram no filme anterior. Exceto que agora o vilão é Vilain (Jean-Claude Van Damme), cujo nome é muito similar a "vilão" em inglês. Segundo divulgaram, Stallone não quis dirigir o filme, coisa que fez no primeiro, para se dedicar mais ao roteiro do filme. O que se pode esperar, porém, não é um resultado melhor do que o primeiro. E olhe que o resultado do primeiro já não era nada de excepcional. Os diálogos não fluem necessariamente como deveriam e o humor não funciona.O filme termina com uma desnecessária luta entre Stallone e Van Damme, mas acredito que além de ser uma espécie de regra, deva ser impossível contratar o ator belga e não lhe oferecer uma cena de luta. A luta é anti-climática e talvez não de acordo com a idade dos senhores. É tolice tentar categorizar este filme em termos de bom ou ruim, então o que resta é analisar como uma nostálgica volta aos filmes de ação, e nesse sentido ele satisfaz. Recomenda-se o conhecimento desse filme a todos os públicos que apreciam um filme de ação com veterano de guerra, com uma dose de comédia.


Responda:

a) Que tipo de texto são estes dois que acabamos de ler?

b) Por que eles são esse tipo de texto? Como temos certeza disso?

c) Como começa o texto 1?

d) A autora do texto 1 se colocar a favor ou contra ao filme que ela está analisando?

e) Cite um ponto positivo que ela vê nesse filme?

f) Segundo o texto 1, que elementos esse filme tem que atraem em cheio os espectadores mais jovens?

g) Segundo o texto 1, para que tipo de publico é recomendado o filme Crepúsculo?

h) Como começa o texto 2?

i) O autor do texto 2 se colocar a favor ou contra ao filme que ele está analisando?

j) Cite um ponto negativo que ele vê nesse filme?

k) Segundo o texto 2, qual a fórmula para a elaboração do Filme “Mercenários 2”?

l) Segundo o texto 2, para que tipo de publico é recomendado o filme “Mercenários 2”?

m) Marque V ou F nos parênteses sobre o gênero resenha critica:
(  ) Ao elaborar uma resenha crítica deve-se procurar resumir o assunto, apontar as deficiências e/ou pontos que, sob a sua ótica, poderiam ser melhor trabalhados (lembre-se que tais pontos podem estar fora do escopo da obra analisada), sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, destacar os pontos fortes com ponderação e sem bajular. 
(  ) Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
(   ) Resenha não tem título.
(   ) Na resenha não é preciso recomendar a obra resenhada.
(   ) Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). 

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