Exercício 1
Jovem é morto por policiais no interior de SP após reclamação de barulho
A Polícia Militar abriu
inquéritos para apurar as circunstâncias da morte do tratorista Luis Fernando
de Camargo, 18, em Laranjal Paulista (cidade a 159 km de São Paulo). Ele morreu após ser
atingido por três tiros disparados por PMs no último
domingo (13), no distrito de Laras. Ele morreu no último domingo (13) depois
ter sido atingido por tiros no pescoço, na barriga e na perna que foram disparados
por PMs. Os agentes participavam de uma ação de perturbação de sossego no
distrito de Laras. Os PMs envolvidos foram afastados, segundo a SSP (Secretaria
de Estado da Segurança Pública) do estado.
Segundo
policiais, o primeiro dos disparos foi efetuado de forma
"involuntária". O segundo teria sido em "legítima defesa de
terceiros". As informações constam do boletim de ocorrência registrado na
DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Botucatu, segundo o delegado Geraldo
Franco Pires, responsável pelo caso. O documento não faz referência ao terceiro
tiro. O delegado diz que a versão dada pelos policiais foi de resistência à
prisão, mas que nos próximos dias pretende ouvir moradores de Laras e
familiares de Camargo.
Vídeos
gravados por moradores mostram momentos de desespero de familiares e amigos no
instante em que o tratorista recebeu os tiros. A operação policial começou com
uma denúncia de que estaria havendo tráfico de drogas no largo São Sebastião,
na região central do distrito. A viatura constatou, no entanto, que se tratava
apenas de perturbação de sossego e pediu para que o dono do bar onde um grupo
bebia e conversava, diminuísse o volume da música. Isso foi feito e a viatura
se afastou. Minutos depois, no entanto, o volume da música voltou a subir e a
patrulha voltou. Segundo moradores, a abordagem da PM começou a ficar violenta.
Eles contam que um rapaz acabou sendo imobilizado para ser colocado na viatura.
O
pai de Luis Fernando saiu em defesa do rapaz que estava sendo imobilizado e
teria sido agredido pelos policiais, segundo as testemunhas. Numa tentativa de
proteger o pai, Luis Fernando entrou na confusão.
Uma
das gravações mostra um policial com a arma em punho e, a alguns metros de
distância, uma pessoa algemada. Um segundo policial aparece no vídeo tentando
afastar os moradores com spray de pimenta. Com isso, as pessoas presentes no
local se assustam. O policial armado, se volta então, diretamente para a
confusão.
Em
seguida é possível ouvir três tiros sendo disparados. O corpo de Luis Fernando
já aparece no chão.
Segundo
a PM, ele chegou a ser levado ao hospital de Laranjal Paulista, mas não
resistiu e morreu. A irmã de Luis Fernando, Elis Daiane de Carmargo, 20, deu
uma versão diferente da apresentada pelos policiais, segundo a qual o rapaz
teria tentado tirar a arma das mãos do agente. "Meu pai foi conversar com
o policial para que não levassem o menino. Então, os policiais atiraram bombas
em meus pais; spray de pimenta", disse Elis. "Meu irmão foi para cima
da polícia, mas sem nada nas mãos. E nem tentou tirar a arma dele. Foi só
proteger meu pai", relata ela. O rapaz que estava sendo imobilizado acabou
preso. Ao perceberam que Luis Fernando havia sido atingido pelos tiros,
moradores se voltaram contra a viatura de polícia, que deixou o local às
pressas.
Um
abaixo-assinado está sendo elaborado entre os moradores e será levado à
Justiça, com pedido de exoneração do PM que atirou. No domingo (20), quando
completa uma semana da morte, os moradores planejam fazer uma manifestação
contra a violência policial. "Eu fiquei inconformado com essa
situação", disse o porteiro Lucas Bento de Carmargo, primo de Luis
Fernando, e que começou a campanha pela coleta de assinaturas. Segundo ele, os
moradores do distrito estão assustados com a violência policial.
Em nota, a SSP informou que todas as circunstâncias relacionadas aos fatos estão sendo apuradas por meio de inquérito policial instaurado pela DIG. Diz ainda, que os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados do serviço operacional e as armas foram encaminhadas à perícia. Segundo a secretaria, a Polícia Militar também investiga o caso por meio de um inquérito, que está sendo acompanhado pela Corregedoria.
Folha
de São Paulo
1)
Que fato é noticiado?
2)
Quando ele aconteceu?
3)
Em que lugar aconteceu?
4)
Por que aconteceu?
5)
Como aconteceu?
6)
Na notícia lida, que outras vozes é possível identificar?
7)
Essas vozes aparecem na forma de discurso direto ou indireto?
8)
Em que tempo predominantemente estão as formas verbais no texto?
9)
O que justifica o emprego dessas formas verbais?
10)
Levante hipóteses: por que os verbos dos títulos de notícias normalmente são
empregados nesse tempo?
11)
Haveria possibilidade de o presente também ser utilizado no corpo da notícia
lida? Se sim, em que circunstâncias?
12)
É possível perceber um posicionamento do jornalista em relação ao fato
noticiado? Se sim, qual?
13)
Por meio de quais palavras ou expressões é possível inferir esse
posicionamento?
14)
A linguagem está de acordo com a norma culta? Dê exemplos do texto.
15)
A linguagem da notícia é formal ou informal? Comente.
Exercício 2
Considere-se no papel de um jornalista que cobre o dia a dia da cidade. Transforme o poema abaixo em uma pequena notícia. Crie um título e inclua ao menos um depoimento. Seja imparcial. (8 a 10 linhas)
Poema tirado de uma notícia de
jornal
João Gostoso era
carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem
número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
BANDEIRA,
M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio,
1980.
Exercício 3
Dezenas de pinguins são encontrados mortos em praias de Florianópolis
No total, 70 animais morreram, sendo que a causa mais provável é asfixia/afogamento. Uma ave foi resgatada com vida e levada para reabilitação. Setenta pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos e um ainda vivo entre as praias do Santinho e Moçambique, em Florianópolis, no sábado (27). As aves passam por necropsia neste domingo (28), mas a causa provável da morte é asfixia/ afogamento, informou a Associação R3 Animal, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). As aves apresentavam marcas nas nadadeiras que sugerem interação com instrumentos de pesca, disse a R3 Animal. Na Praia do Moçambique foram encontrados 59 pinguins mortos e um que estava vivo. Na Praia do Santinho, foram 11 aves mortas, uma delas com um pedaço de rede de pesca preso ao corpo. Os animais foram resgatados pela associação: o sobrevivente foi encaminhado para reabilitação e os mortos, para necropsia no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, no Parque Estadual do Rio Vermelho, na capital catarinense. Segundo a médica veterinária Janaína Rocha Lorenço, as análises mostram que os pinguins podem ter ficado presos em itens de pescaria, porque foram detectados apteria em aletas (falha de penas nos membros torácicos), congestão generalizada e miopatia de captura (alterações fisiológicas desencadeadas no corpo por terem ficado tentando se soltar por bastante tempo). Por serem aves, os pinguins estão sujeitos a morrerem afogados. Conforme a R3 Animal, a chamada captura incidental é uma das grandes causas de morte de animais marinhos - ainda que não sejam alvo de pescaria, eles acabam capturados e morrem. Nesta época do ano é comum a chegada de pinguins no Litoral catarinense, porque é o período de migração das aves vindas da Patagônia, informou o Projeto de Monitoramento.
Responda:
a) Qual o assunto está sendo noticiado?
b) Em que local o fato ocorreu?
c) O que motivou o acontecimento dos fatos?
d) Qual a linguagem utilizada na notícia?
e) Identifique no texto as principais características do gênero notícia.
f) Identifique no texto 4 (quatro) verbos que estão na 3° pessoa.
g) Por que no gênero notícia é utilizado o verbo na 3° pessoa?
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